Até
que o sol se vá e lua apareça sorrindo pra mim,
continuarei
a segui-la como o surdo ao samba,
o
amante à mulher que ama
e o
desejo de anjo querubim
Imagine
uma lua insatisfeita,
Um sol
aborrecido,
Estrelas
que não aparecem refeitas.
E tudo
pelo prazer banido.
Sofro
por essa perda, mas aceito a minha pena: gosto de você.
Essa
condenação não me amedronta
Errarei
mais para prolongá-la
e
certamente renunciarei à liberdade insana
para
não afastá-la.
nem deixarei de avistar do alto das
minhas torres
o teu lugar habitado
onde o silêncio se rompe com o teu
canto a colher flores.
Como pode tamanha elegância ser
desperdiçada pela natureza morta que nos separa,
se não
a mesma morbidez que sentencia os olhares de vidro, a não ver o belo que se
exalta no brilho?
Sinto
a tua falta e me desespero.
Olho
para os lados do sol onde vejo luz e ouço gemidos de saudade,
E não
são teus
[aí me
desespero]
Procuro
entre os escombros do passado
O que
de resto me esmigalha e não vejo o que possuo
[aí me
desespero]....
Tudo o
que faço é pra te perder
E
perco em cada passo
E como
me perco nos embaraços do absurdo
Como
me perco nos encantos que não são teus
Como
desfaço os laços que deste
E não
me domo, quando de resto, surge em sonho.
[aí me
desespero]
Nenhum comentário:
Postar um comentário